Essencialmente ligada aos sistemas de produção, a Zootecnia está presente em todas as etapas que envolvem a criação de rebanhos para utilização na indústria alimentícia. Freqüentemente, a atividade do zootecnista é confundida com a do veterinário e mesmo com a do agrônomo, pois as três áreas disputam a mesma faixa de mercado. A diferença está no foco de cada profissional. O zootecnista é responsável por técnicas de aprimoramento genético, enquanto o veterinário se concentra mais na saúde dos animais. Já o agrônomo é um especialista no estudo dos rebanhos e na interação com o meio em que vivem. Na prática, essas atividades caminham juntas e se completam. Daí ser comum trabalhos em equipes que integrem os três profissionais.
Na raiz do trabalho do zootecnista está a busca pela eficiência produtiva. Nenhum outro profissional conhece tão bem técnicas de abate e de inseminação artificial quanto o zootécnicista. Ele também atua na prevenção de doenças, cuida da nutrição e fiscaliza as condições sanitárias em que os animais são mantidos, até a fabricação de produtos de origem animal na indústria. Também é ao zootecnista que se costuma confiar a difícil tarefa de preservar espécies selvagens ou nativas.
As oportunidades de trabalho estão em cooperativas de criadores, fazendas, empresas de agropecuária, frigoríficos, órgãos de pesquisa e consultoria, universidades e instituições de extensão rural. As indústrias de ração e os laboratórios de medicamentos e vitaminas contratam o zootecnista, especialmente se ele tiver conhecimentos em agribusiness e promoção de vendas. O crescimento do consumo do leite longa vida e seus derivados, produzidos principalmente por empresas multinacionais, aumenta as chances de trabalho. Crescem também as oportunidades na área de piscicultura, graças à multiplicação de empresas do tipo “pesque e pague”, que precisam de especialistas em produção. Numa escala menor, zoológicos buscam zootecnistas para cuidar do manejo e da nutrição dos animais e mesmo o turismo ecológico já começa a mostrar interesse por esse profissional. Boa parte dos recém-formados, filhos de agricultores, acaba trabalhando por conta própria, em empresas familiares. Na área de suinocultura, que não conta com novas tecnologias para aumento de produção, diminuiu muito a oferta de trabalho. Também estão estagnadas as áreas de criação de rãs, cuja carne é pouco consumida, e de bicho-da-seda, pela falta de cultura do consumo do produto no país. A caprinocultura tende a crescer, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Apesar das frentes que se abrem em tantas áreas, a Zootecnia passa por momentos difíceis. “Não há políticas governamentais que incentivem a transferência de tecnologia para o setor produtivo”, diz Humberto Tonhati, chefe do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Medicina Veterinária da Unesp, em Jaboticabal, São Paulo. “Com isso, os pequenos agricultores são os mais prejudicados”, avalia.
O crescimento da agropecuária é diretamente proporcional ao aquecimento da economia. Basta ver o que acontece com a avicultura: o aumento do consumo de carne de frango, de 8 quilos para 30 quilos per capita em um ano, provocou uma expansão no setor. “Se o país retomar o crescimento e oferecer empregos em todos os setores, aumentará o número de consumidores de produtos de origem animal, hoje restritos a apenas 30% da população”, diz Tonhati.
Duração média do curso: cinco anos
Botucatu – Unesp, Jaboticabal – Unesp, Marília – Unimar, Ourinhos – F. Int. de Ourinhos, Paraguaçu Paulista – Fund. Gammon de Ens., Pirassununga – USP, Pres. Prudente – Unoeste, Ribeirão Preto – Ct. Univers Barão de Mauá, São Paulo – Univ. S. Marcos.
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